Ideias e Finanças

Qual é a última fronteira do empreendedorismo? A resposta no Brasil para essa pergunta, poderia ser o governo. Temos um ambiente de negócio extremamente horrível para os empreendedores iniciarem seus negócios e entrarem em crescimento. A burocracia é chata e as regras tributárias e trabalhistas ofuscam o foco do que seria a essência do empreendedor: identificar e resolver os problemas da sociedade com serviços e produtos inovadores e tecnológicos.

Mas daqui a ali começam a aparecer, seja na esfera federal, seja em municípios e estados, iniciativas que se prezam em melhorar as condições para se ter um ambiente para empreendedores no Brasil. São passos tímidos, mas que já mostram alguma preocupação de autoridades de estado com a figura do empreendedor.

Então, se a resposta não é o governo, qual seria? A academia, ela é reprovada na formação dos empreendedores no Brasil há um longo período. Para os investidores, aceleradoras e incubadoras a grande dificuldade é a falta de empreendedores que inovem no país, com grandes ideias e com um desenvolvimento além da média. Em qual lugar do mundo há um lugar onde possivelmente encontramos estas caras nas universidades.

Mas, para a academia brasileira quais são os desafios para montar a próxima geração de empreendedores? Então, listo aqui algumas medidas que coordenadores, reitores de cursos e estudantes deveriam pensar:

O que este artigo aborda:

Qual é a última fronteira do empreendedorismo?
Qual é a última fronteira do empreendedorismo?
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1. Formação de professores

As aulas brasileiras focam muito na teoria e não, na prática, empreendedora. Uma professora de Stanford, Tina Seelig, diz que o empreendedorismo é um esporte de contato, onde a prática é mais importante do que um bom diploma acadêmico ou um referencial teórico. Para que isso seja compensado precisamos que os professores utilizem métodos assertivos de formação, para que o papel deles sejam de facilitadores da aprendizagem do futuro empreendedor.

2. Disciplinas transversais sobre empreendedorismo

Hoje os cursos de administração de empresas concentram todo o ensino de empreendedorismo. Dessa forma, as oportunidades de captação de novos profissionais de outros setores e a criação de novas empresas inovadoras são perdidas.

3. Empreendedores em sala de aula

Todas as faculdades têm empreendedores entre seus alunos e ex-alunos, mas não possuem um investimento para aproximá-los em palestras, mentorias ou cursos. Contudo, ainda existem algumas iniciativas, graças ao empenho de algumas pessoas que fomentam esse assunto dentro das faculdades.

4. Empresas juniores e ligas universitárias

Os responsáveis pela criação da cultura empreendedora não é só os professores ou da gerência da faculdade. Cada vez mais alunos se juntam em pequenas empresas e em ligas acadêmicas. Dessa forma, o movimento estudantil assume o dever de agilizar as mudanças que, ao depender da burocracia acadêmica, podem durar mais tempo do que o normal por quem tem data para se formar.

5. Empresas em fase de crescimento

Jovens que trabalham em média e pequena empresa que crescem de forma exponencial tem uma experiência transformadora em suas carreiras. Os programas de estágio em ‘startups’ ou empresas convencionais fazem a conexão entre um empreendedor que não possui recursos para investir e aos jovens que estão perdidos em seu início de experiência.

6. Conexão entre pesquisa e mercado

Não se questiona aqui a qualidade da produção científica no Brasil, mas a sua omissão aos problemas enfrentados por empresas e pessoas que poderiam se tornar em serviços e produtos no mercado. No Brasil os pesquisadores não têm liberdade para se tornar empreendedores de suas próprias pesquisas científicas, especialmente nas faculdades que são públicas. Dessa forma, todos perdem ao tentar guardar o patrimônio público.

Ainda é precisa fazer muita coisa, mas a boa notícia é que algumas faculdades começaram a acordar para o empreendedorismo, o que irá trazer incríveis resultados no futuro. Você sabe de alguma faculdade que esteja fazendo essa diferença na formação de novos empreendedores alunos e professores? Deixe um comentário aqui se você conhece!

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