Ideias e Finanças

Pegar um empréstimo é um passo importante e que deve ser tomado com cuidado. Isso porque os empréstimos, apesar de poderem ser usados como um investimento ou ajudar em momentos de emergência, também podem ser motivo para dor de cabeça.

O consumidor precisa se organizar antes de fazer a contratação, se certificando de que suas finanças estão sob controle, o que possibilita que as parcelas sejam quitadas regularmente. Também é preciso entender qual a finalidade do empréstimo e se ele é realmente a opção mais indicada.

A seguir, explicamos detalhadamente esses e outros fatores que envolvem a contratação de crédito. Confira!

O que este artigo aborda:

Notas de dinheiro do Brasil
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Antes de tudo, analise se é mesmo necessário

O consumidor não pode recorrer a um empréstimo sempre que “quiser mais dinheiro” ou quando quiser adquirir um bem de qualquer natureza. Especialmente se o empréstimo for de um valor alto, que comprometa uma parte grande do orçamento, o consumidor precisa se certificar de que ele é a opção mais indicada.

É preciso analisar a finalidade do empréstimo e as opções financeiras disponíveis. Especialistas explicam que o melhor tipo de crédito é aquele que pode ser usado como um investimento, ou seja, que é capaz de gerar mais dinheiro.

Aqui podemos incluir o crédito para abrir, expandir, melhorar ou socorrer um negócio e que será usado, prioritariamente, na compra de máquinas e equipamentos, ou para capital de giro e despesas obrigatórias, como salários e fornecedores. Também é possível tomar um empréstimo para adquirir ações, títulos e investimentos dessa natureza, desde que eles tenham um retorno superior aos juros da operação.

Outra finalidade que costuma motivar os empréstimos são as emergências financeiras, como acidentes, doenças, dívidas e demissão. Nesse caso, é necessário que o consumidor reflita com cuidado, pois ele estará sujeito a fazer escolhas equivocadas em momentos de emergência.

Se você estiver endividado, por exemplo, o empréstimo será indicado caso ele tenha condições mais vantajosas que a sua dívida, o que inclui juros menores ou maior prazo de pagamento.

Entre as finalidades que não são indicadas para um empréstimo está o chamado “gasto conspícuo”, que são aquelas compras que não são nem emergenciais, nem servem como investimento.

Analise as opções disponíveis

O consumidor precisa analisar se ele não tem opções melhores que o empréstimo à disposição. Estas são algumas das opções possíveis:

  • Busque a ajuda de amigos e familiares;
  • Venda bens que não forem essenciais;
  • Procure ajustar seu orçamento, cortando gastos não essenciais;
  • Consiga renda extra, fazendo horas extras no trabalho ou mudando de emprego;
  • Resgate “valores esquecidos”, como FGTS, consórcios e poupança.

Organize suas despesas

Caso você tenha concluído que o empréstimo é realmente a opção mais indicada para o seu caso, o primeiro passo é organizar as suas despesas. Estar com as finanças organizadas garante que você poderá quitar as parcelas em dia, evitando inadimplência e endividamento.

Comece registrando todas as suas despesas. Depois, classifique-as entre essenciais e não essenciais. Para arranjar mais espaço no seu orçamento, você deverá cortar as não essenciais.

Também é importante ter metas de economia, combinando metas de curto prazo com metas de longo prazo. Uma dica é separar o dinheiro da poupança no começo do mês e ir gastando o restante.

Veja também: O que é educação financeira e qual sua importância.

Cuidado com o seu score

Seu histórico como consumidor é essencial para conseguir um bom empréstimo. O score de crédito é a métrica que resume esse histórico, demonstrando se você é um bom pagador.

Quanto maior o score de crédito, melhores as condições do empréstimo, e as instituições não costumam oferecer empréstimo para quem possui menos de 600 pontos nessa métrica.

Você pode consultar o seu score em serviços de proteção ao crédito, como Serasa e SPC.

Estar sem dívidas não é o bastante para ter um bom score. Você também precisa ser “ativo” como consumidor. Para tanto, coloque contas da casa no seu nome, realize compras de alto valor, tome empréstimos e pague em dia.

Pesquise muito bem onde pedir seu empréstimo (cuidado com golpes)

Há diversas opções de empréstimo no mercado, mas nem todas são confiáveis. Para se prevenir de golpes ou de propostas abusivas, o consumidor precisa se certificar de que está fazendo negócio com uma empresa séria.

Isso pode ser feito através de uma rápida pesquisa na internet. Veja o que outros clientes que já tomaram empréstimo com a empresa dizem sobre ela. Pesquise a reputação em sites como Reclame Aqui e Proteste, e também nas redes sociais.

Visite o site da empresa e analise se ele é confiável. Veja se há certificado de segurança no pé da página, ícone de cadeado ao lado do endereço e “https” no começo do endereço. Esses detalhes indicam que os dados que você fornecer no site estarão protegidos.

Analise todas as condições do empréstimo

Muitos consumidores ficam endividados por não entenderem as condições do empréstimo. É possível, por exemplo, que as parcelas se tornem maiores do que o esperado e do que se pode pagar.

Para evitar isso, faça uma simulação do empréstimo, normalmente disponibilizada no site da instituição. É importante observar o Custo Efetivo Total (CET), que indica o quanto será gasto em toda a operação.

E antes de assinar o contrato de empréstimo, leia todos os termos com atenção!

Avalie o tipo de empréstimo mais indicado para sua realidade financeira

Existem diversas modalidades de empréstimo, cada uma com suas características. Entenda as principais:

Empréstimo consignado: está entre os que oferecem as melhores condições (juros baixos, prazo de pagamento extenso, etc.). Nele, as parcelas são descontadas automaticamente do salário, aposentadoria ou outro benefício. É indicado para quem está negativado;

Empréstimo com garantia de imóvel: o consumidor coloca um imóvel como garantia, o que libera condições vantajosas. Também é indicado para negativados, mas existe o risco (baixo) de perder o imóvel em caso de inadimplência;

Empréstimo com garantia de veículo: nesse caso, um veículo, especialmente um carro, é dado como garantia de que as parcelas serão pagas;

Empréstimo pessoal: em vez de exigir uma garantia, a instituição analisa o histórico de crédito do consumidor e, a partir dele, define as condições da operação. A taxa de juros dessa modalidade costuma ser maior.

Tenha os documentos certos em mãos

Alguns documentos são necessários para conseguir um empréstimo:

  • CPF;
  • Documento de identidade com foto;
  • Comprovante de residência;
  • Comprovantes de renda, como holerite, contracheque e extrato bancário;
  • Comprovante de propriedade de um bem a ser dado como garantia, como contrato de compra e venda, escritura pública, CRLV do veículo, etc.

Crie um plano de pagamento da dívida

Você contratou o empréstimo, ele atende suas necessidades e tem condições vantajosas ou adequadas. Parece que deu tudo certo, não?

Mas as coisas ainda podem dar errado se você não tiver um bom plano de pagamento das parcelas ou se não segui-lo. Aquilo que citamos na sessão “Organize suas despesas” também vale aqui.

É preciso que o empréstimo se encaixe no seu orçamento e, se isso não for possível ou parecer difícil, será preciso ajustar as despesas ou arranjar novas fontes de renda.

Agora que você sabe como criar um plano para pedir um empréstimo que cabe no seu bolso, ficou fácil começar a organizar sua vida financeira.

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