Diversos são os tipos de investimentos e a previdência privada é um deles que cada vez mais é procurado pelas pessoas. Dentro desta modalidade, existem planos do PGBL e VGBL e entender sobre as regras e tabelas é importante para fazer a melhor escolha.
Muitas pessoas não querem mais depender apenas de suas aposentadorias públicas e a previdência privada é uma escolha interessante para longo prazo.
Diversos são os planos existentes, que são calculados de acordo com o quanto o indivíduo quer investir e quais são seus objetivos ao longo da vida. Dito isso, vamos falar melhor sobre o PGBL, um desses planos. O quanto você sabe sobre ele e sua tabela progressiva? Confira!
O que este artigo aborda:
O que é PGBL?
O Plano Gerador de Benefício Livre, o PGBL, é um plano em que o imposto de renda incide diretamente sobre o valor total que irá ser resgatado ou recebido em forma de renda. Em outras palavras, o imposto se dará não só pelo lucro, mas pelo valor que existe previdência, independentemente do tempo de resgate e do valor.
Eventualmente esse tipo de plano é aconselhado para quem tem uma renda mais alta, afinal, os valores pagos a ele podem vir a ser descontados no imposto de renda. É preciso ter atenção pois esse valor deve corresponder até 12% do total da renda do investidor.
Vale dizer que o VGBL, o Vida Gerador de Benefício Livre, a outra possibilidade de previdência, tem a grande diferença de que o imposto incide apenas sobre os rendimentos e não sobre o valor completo como o PGBL.
E o que é o PGBL Progressivo?
O PGBL conta com diferentes tipos de tabelas e esses regimes são essenciais para uma boa escolha no momento da contratação. Os planos de previdência dentro do PGBL são progressivos e regressivos e eles têm a ver com a tributação vinculada ao Imposto de Renda.
O regime progressivo é aquele que, conforme seu nome diz, as alíquotas aumentam progressivamente conforme a faixa de resgate ou de renda. Dessa forma, quanto maior for o valor da retirada, maior a porcentagem a se pagar sobre o imposto.
Os percentuais da tabela progressiva são baseados na tabela do IR e vão desde a isenção até a alíquota máxima de 27,5%, conforme o valor do resgate. A tabela anual de tributação muda a cada ano e é importante acompanhá-la, mas para que você entenda melhor sobre ela, a base anual de 2021 é a seguinte:
- Para saque anual de até R$ 22.847,76 há isenção do imposto;
- Para valores que estão entre R$ 22.847,77 até R$ 33.919,80, a alíquota incide em 7,5%;
- Valores entre R$ 33.919,81 e R$ 45.012,60, a alíquota na operação é de para 15%;
- Se o resgate estiver entre R$ 45.012,61 e R$ 55.976,16, o valor vai para 22,5%;
- Em resgates onde o valor é acima de R$ 55.976,16, incide da alíquota máxima, de 27,5%.
Se você quiser visualizar isso de forma mensal, a tabela é:
- Para saque mensal de até R$ 1.903,98: sem alíquota e sem parcela a deduzir do IR;
- de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65: alíquota de 7,5% e parcela a deduzir de R$ 142,80;
- de R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05: 15% e parcela a deduzir de R$ 354,80;
- de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68: alíquota de 22,5% e parcela a deduzir de R$ 636,13;
- acima de R$ 4.664,68: alíquota de 27,5% e parcela a deduzir de R$ 869,36.
Vale dizer que na tributação regressiva o que define a faixa de desconto não são os valores, mas sim o tempo em que o plano está vigente. Nesse caso, quanto mais tempo o beneficiário demorar para fazer suas retiradas, menor será o imposto devido.
Quando escolher o PGBL progressivo?
Em geral, só vale escolher esse regime de tributação caso você imagine que seus resgates futuros serão baixos ou se você pretende resgatar o montante em um prazo menor.
Quando o investidor pensa em resgatar valores baixos no futuro, que poderiam se encaixar na faixa de isenção ou na alíquota de 7,5%, esse pode ser um bom negócio, afinal, quanto maior o resgate, maior a parte que deve ficar para o imposto.
Vale lembrar que a tabela progressiva é corrigida com o passar dos anos, e o plano deve render acima da inflação. Do mesmo modo, se consideramos os valores atuais, vale pensarmos, por exemplo, se uma quantia de até 2.826,65 reais por resgate seria o suficiente para o estilo de vida que você almeja.
Lembre-se que, se você tiver outros rendimentos tributáveis no período de resgate, é preciso adicioná-los na conta ao calcular a alíquota efetiva de IR na tabela progressiva.
Além disso, antes dos seis anos de aplicação, as alíquotas da tabela regressiva são maiores que as previstas em aplicações financeiras tradicionais. Se a sua aposentadoria está próxima e você tem pouco tempo de aplicação, pode pagar menos imposto na tabela progressiva. Vale a pena fazer essa comparação.
Entender sobre a forma de tributação é importante para fazer uma boa escolha no momento do seu investimento. Pense e faça comparações para que sua previdência se encaixe da melhor forma para seu perfil.
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