É função do RH lidar com rusgas e similares que podem ocorrer no interior das companhias. No dia a dia, muitas coisas acontecem – e é esperado que, por conta da relação cotidiana e intensa entre funcionários, alguns mal entendidos e pequenas problemáticas possam acontecer.
Com um bom gerenciamento de crise e um grupo de funcionários do RH capacitados para lidar com problemas, é possível impedir que faíscas se transformem em incêndios. Esse, na verdade, é o maior objetivo: idealmente, todos saem ganhando e a vida segue.
O RH deve, além disso, estar atento para aquilo que não é dito, mas está acontecendo. O que queremos dizer com isso? Bem, o aumento do absenteísmo (ausências do funcionário no posto de trabalho, por faltas, atrasos e saídas mais cedo) nem sempre é comunicado, mas é sempre sentido.
Da mesma forma, altos índices de turnover, a rotatividade de funcionários, também podem indicar que algo não está como deveria.
À essa lista, podemos acrescentar: comportamentos agressivos vindos de colaboradores que costumavam ser tranquilos, perda da produtividade, diminuição do engajamento das equipes… Por aí vai.
Ao perceber que essas coisas estão acontecendo, o RH deve se reunir e, então, criar um rumo de ação compartilhado. Para tal, é claro, é preciso identificar qual é o grande gatilho desses problemas e saná-lo.
Outras atitudes também podem colaborar para a contenção da crise. Uma delas é a mudança nos benefícios corporativos.
O que este artigo aborda:
Por que os benefícios corporativos fazem diferença?
A primeira razão diz respeito ao reconhecimento. Funcionários que recebem vantagens diversificadas e interessantes de seus empregadores tendem a se sentir mais valorizados, o que aumenta o seu engajamento com o trabalho cotidiano (e, portanto, a sua produtividade).
Alguns benefícios vão além do reconhecimento e geram, literalmente, aumento na qualidade de vida. Em épocas de novo coronavírus, as pessoas têm percebido como é importante ter um plano de saúde com acessos a hospitais de ponta e, em geral, têm planejado formas de cuidar melhor do corpo e da mente.
Quando a empresa oferece um plano de saúde com hospitais e laboratórios próximos da casa do paciente ou de seu local de trabalho, ela na verdade está dizendo que se importa e que deseja que ele se mantenha bem. Esse discurso, que não é verbal, também é capaz de fidelizar um funcionário.
A possibilidade de home office também tem sido muito desejada, uma vez que funcionários que trabalham em casa normalmente têm mais tempo do dia para fazer coisas que lhes agradam, como passeios no parque, idas à academia, etc, já que não há deslocamento até o trabalho e há, por isso, menos esforço e cansaço físico.
Diminuição do estresse financeiro
Medidas que visem a diminuição do estresse financeiro também são bem-vindas e capazes de transformar a visão do colaborador acerca de sua empresa.
Antes de tudo: chamamos de estresse financeiro a sensação constante de medo, ansiedade e desamparo que algumas pessoas enfrentam. Esse problema, como o próprio nome sugere, está ligado a uma dificuldade de lidar bem com a vida financeira ou mantê-la estável, adequada.
Uma pessoa pode passar por estresse financeiro quando tem dívidas que não consegue quitar (e que continuam aumentando), quando sente que não está oferecendo à família aquilo que poderia ou quando, por exemplo, não consegue se planejar adequadamente para o futuro.
A situação, como podemos imaginar, gera estados bastante negativos de mentalidade, provocando quadros de depressão e ansiedade, criando atritos entre familiares, cônjuges e colegas de trabalho e, em geral, causando imenso sofrimento mental na pessoa afetada.
Quando a empresa tem parceria com espaços de cuidado mental e holístico, ela já ajuda no desenvolvimento de mecanismos para lidar com o estresse financeiro e outros problemas do mundo em que vivemos.
Se ela, além disso, oferece vantagens como plano de previdência privada, portabilidade previdência empresarial e bônus por produtividade, ela atua diretamente no bem-estar mental, físico e financeiro do funcionário.
Conclusão
Por meio de todas essas frentes – que, reconhecemos, que são de fato extensas -, as companhias deixam de ser apenas empregadoras e passam a ser vistas pelos colaboradores como, de fato, provedoras.
Elas facilitam o acesso de seus funcionários a uma série de vantagens, permitem que eles possam se expressar, crescer e ser acolhidos e, de quebra, geram um espaço que é agradável de se estar. Tudo isso, junto, é capaz de aliviar as crises e permitir que o que não está agradável seja consertado depressa.
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