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O Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros que existem e pode ser incorporado a estratégias de investimento voltadas a diferentes prazos — curto, médio e longo. Por isso, é bastante popular entre os investidores, sobretudo aqueles de perfil mais conservador. Porém, é um investimento que também pode fazer parte da estratégia de investidores moderados e arrojados para trazer mais proteção à carteira.

Neste artigo, explicaremos as características dos principais títulos do Tesouro Direto (Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+), como liquidez, rentabilidade e prazo, e mostraremos como eles se relacionam com diferentes objetivos de investimento.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

O que este artigo aborda:

Como escolher títulos do Tesouro Direto para metas de curto, médio e longo prazo
Como escolher títulos do Tesouro Direto para metas de curto, médio e longo prazo
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O que é Tesouro Direto e como funciona

O Tesouro Direto é um tipo de investimento de renda fixa que consiste em títulos de dívida emitidos pelo Tesouro Nacional. Ao comprar um desses títulos, o investidor se torna credor do Governo Federal e, em troca pelo “empréstimo”, é remunerado com o valor investido acrescido dos juros contratados no vencimento do título.

Os títulos do Tesouro Direto se destacam por características como a liquidez diária, a tributação pela tabela regressiva do Imposto de Renda e a marcação a mercado. E, por contarem com a garantia do Tesouro Nacional, são investimentos muito seguros.

Por conta dessas características, o Tesouro Direto é adequado para investidores que buscam proteção patrimonial com previsibilidade de retorno no curto, médio e longo prazos.

Diferenças entre Tesouro Selic, Prefixado e IPCA+

Apesar de todos esses títulos serem de renda fixa, negociados na plataforma do Tesouro Direto, eles têm características próprias, fazendo com que cada um se encaixe melhor em determinados objetivos e estratégias.

O Tesouro Selic é um título cuja rentabilidade é pós-fixada e está indexada à Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. É um investimento de curto prazo, indicado para objetivos que requeiram liquidez, uma vez que sofre menor impacto das variações de mercado e é isento da taxa de custódia até o limite de R$ 10.000.

O Tesouro Prefixado, por sua vez, tem sua rentabilidade fixa previamente determinada. Ou seja, no ato da compra, o investidor conhece previamente a taxa de retorno até o vencimento.

Há duas modalidades de títulos do Tesouro Prefixado no mercado, uma com juros semestrais e outra com pagamento em uma única parcela no prazo de vencimento do título.

Já o Tesouro IPCA+ é um título híbrido, que combina taxa prefixada com remuneração indexada à inflação (IPCA), que é o índice oficial da inflação no Brasil.

Ele é um investimento de longo prazo, ideal para investidores que visam a proteção do capital contra a inflação, já que mantém o poder de compra do dinheiro aplicado. Da mesma forma que o Tesouro Prefixado, o Tesouro IPCA+ pode oferecer pagamento de cupons semestrais ou remuneração integral no vencimento.

Como os títulos se encaixam em objetivos de curto, médio e longo prazo

O Tesouro Selic, por ter alta liquidez e baixa volatilidade, é ideal para objetivos de curto prazo, como, por exemplo, a construção de uma reserva de emergência.

Para objetivos de médio prazo, como a compra de um bem ou uma viagem, o ideal é focar no Tesouro Prefixado ou no IPCA+, que têm maior volatilidade e podem ser vantajosos nesse prazo.

Se o objetivo do investimento for de longo prazo, como o planejamento da aposentadoria ou o investimento para a faculdade dos filhos, pode ser interessante priorizar o Tesouro IPCA+, que protege o poder de compra contra o aumento dos preços.

Vantagens e riscos de cada opção

A principal vantagem do Tesouro Prefixado é sua previsibilidade, pois, como a rentabilidade é definida no momento da compra, o investidor já sabe de antemão quanto vai receber no vencimento.

Além disso, ele é favorecido em cenários de queda das taxas de juros e da inflação e pode ter retornos superiores à renda fixa pós-fixada se a taxa contratada for maior que os juros futuros.

O risco maior é o da marcação a mercado, pois, se o investidor precisar vender antes do vencimento, pode ter prejuízo caso os juros subam. Além disso, em cenários de alta da inflação e alta da Selic, pode perder atratividade.

A maior vantagem do Tesouro Selic é a alta liquidez, o que o torna ideal para resgate antecipado. Além disso, é seguro e previsível, pois tem a menor volatilidade entre os títulos do Tesouro Direto. E, como acompanha a Selic, protege o capital em cenários de alta de juros.

Entre os riscos, podemos citar a rentabilidade baixa em períodos de queda da Selic e o fato de que pode apresentar rendimento real negativo em ambientes de juros reais comprimidos.

No que diz respeito ao Tesouro IPCA+, a principal vantagem é a proteção contra a inflação. E os riscos envolvem a alta volatilidade se for vendido antes do vencimento. Além disso, pode ter desempenho inferior ao dos prefixados em cenários de inflação controlada e redução das taxas de juros.

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