Ideias e Finanças

O investimento em terras agrícolas pode ser uma alternativa interessante para investidores que desejam diversificar sua carteira de investimentos, pois pode oferecer uma fonte de renda estável, especialmente para aqueles que buscam investimentos de longo prazo. Uma das principais áreas da economia brasileira, ainda é o principal produto de exportação do país.

Conheça tudo sobre o investimento em terras agrícolas e como turbinar a sua carteira com eles!

Duas formas mais comuns de se realizar investimento em terras agrícolas – e não empreender nelas, o que é uma outra forma de conseguir dinheiro bem diferente – são através de operações clássicas no mercado imobiliário: Sales and LeaseBack e Built to Suit. Confira como funciona cada uma delas.

O que este artigo aborda:

Investimento em terras agrícola
Investimento em terras agrícola
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Sales and LeaseBack

Uma das formas de investimento em terras agrícolas é por meio de operações de sales and leaseback. Nessa modalidade, o investidor adquire uma propriedade rural já em operação e a aluga de volta ao antigo proprietário, que continua a utilizá-la para atividades agrícolas. O investidor, por sua vez, recebe os aluguéis, o que pode gerar uma renda constante e segura.

Built to Suit

Outra opção é o investimento em imóveis rurais por meio de operações de built to suit. Nesse caso, o investidor adquire um terreno e contrata uma empresa para construir um imóvel de acordo com as suas especificações. Após a construção, o imóvel é alugado para uma empresa agrícola, que pode utilizá-lo para armazenagem de grãos, por exemplo. O investidor recebe os aluguéis e, ao final do contrato, pode vender o imóvel com uma valorização significativa.

Benefícios do investimento em terras agrícolas

Além disso, o investimento em terras agrícolas pode oferecer benefícios fiscais interessantes, como isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos provenientes da exploração agropecuária, além de depreciação acelerada para imóveis rurais.

No entanto, é importante lembrar que o investimento em terras agrícolas exige uma análise cuidadosa e aprofundada das condições do mercado e do potencial da propriedade em questão. A operação de compra e venda de terras também envolve burocracias específicas, que podem variar de acordo com a região e a legislação local.

Investindo em grande escala

O tamanho necessário para uma plantação em grande escala depende do tipo de cultivo e da tecnologia utilizada. No entanto, é comum que grandes plantações, como as de soja, milho, trigo e algodão, ocupem áreas extensas de terra.

O tamanho pode variar de algumas centenas a milhares de hectares, dependendo da localização, clima e tecnologia disponível. Por exemplo, uma plantação de soja pode exigir de 500 a 2000 hectares, enquanto uma plantação de milho pode chegar a 3000 hectares ou mais.

Essa necessidade de espaço se deve ao fato de que as plantas em grande escala precisam de uma área suficiente para crescer, se desenvolver e produzir em grande quantidade. Além disso, é comum que se utilize maquinário pesado, como tratores e colheitadeiras, o que também exige espaço para manobras e movimentação.

Custos da plantação

A agricultura de grande escala é uma atividade complexa, que envolve diversas variáveis, desde o clima até a disponibilidade de recursos, como água e fertilizantes. Por isso, a escolha do tamanho ideal de uma plantação é uma decisão estratégica que leva em consideração diversos fatores econômicos, ambientais e tecnológicos. Esses fatores irão se refletir nos diversos custos da atividade agrícola:

  • Compra da terra: varia amplamente dependendo do local, tamanho, qualidade do solo e outros fatores. O preço pode variar de centenas a milhões de reais.
  • Arrendamento de terra: geralmente feito em áreas onde a compra da terra é muito cara ou em regiões de agricultura de temporada. O valor do arrendamento depende da localização, tamanho e produtividade da terra.
  • Investimento em maquinário agrícola: tratores, colheitadeiras, plantadeiras e outros equipamentos necessários para plantar, colher e processar safras. O valor varia de acordo com o tamanho da fazenda, a quantidade de terra cultivada e o tipo de cultura.
  • Insumos: fertilizantes, pesticidas, herbicidas e outros produtos utilizados para maximizar a produtividade das lavouras e prevenir doenças e pragas. O custo varia de acordo com o tamanho da fazenda e o tipo de cultura.
  • Mão de obra: contratação de trabalhadores para plantio, colheita e manutenção das culturas. O custo depende do tamanho da fazenda, do número de trabalhadores necessários e das leis trabalhistas do país.
  • Irrigação: instalação e manutenção de sistemas de irrigação para garantir que as culturas recebam água suficiente para crescer. O custo varia de acordo com o tamanho da fazenda, o tipo de irrigação e o clima da região.
  • Armazenamento e processamento: construção e manutenção de silos, armazéns e instalações de processamento para armazenar e processar as colheitas. O custo varia de acordo com o tamanho da fazenda e o tipo de cultura.
  • Transporte: custos associados ao transporte de insumos, maquinário, trabalhadores e colheitas. O valor depende da distância percorrida, do tipo de transporte utilizado e das condições das estradas.
  • Manutenção geral: reparos e manutenção de equipamentos, construções e instalações de infraestrutura. O custo varia de acordo com o tamanho da fazenda e a idade dos equipamentos e construções.

Alternativas às terras agrícolas:

O investimento em terras agrícolas pode ser uma opção atrativa para investidores que buscam diversificação de portfólio e rentabilidade a longo prazo. No entanto, existem alternativas para o investimento direto em terras que podem ser vantajosas em relação à compra de propriedades rurais. A seguir, serão explicadas três alternativas para o investimento indireto em terras agrícolas: os títulos do agronegócio (CRAs e LCAs), as ações agro e os FIAGRO.

1. Títulos do agronegócio (CRAs e LCAs)

Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras que possuem lastro em recebíveis originados de atividades relacionadas ao agronegócio. Esses títulos são uma forma de financiamento para produtores rurais e empresas do setor, que emitem esses certificados como forma de captar recursos para suas atividades. Os investidores que compram esses títulos passam a receber uma rentabilidade em troca do empréstimo concedido. As vantagens dos títulos do agronegócio incluem a diversificação de portfólio, a segurança oferecida pela regulamentação e a liquidez desses investimentos.

2. Ações agro

As ações de empresas do setor agropecuário são outra alternativa para o investimento indireto em terras agrícolas. Os investidores podem adquirir ações de empresas que atuam em diferentes segmentos do agronegócio, como sementes, defensivos agrícolas, fertilizantes, maquinários, processamento e distribuição de alimentos, entre outros. A vantagem das ações agro é que os investidores podem se expor a diferentes segmentos do setor e acompanhar a performance das empresas de forma mais transparente, por meio de informações divulgadas nos balanços trimestrais e anuais. Além disso, a compra de ações é uma opção mais líquida do que a compra de terras, já que os papéis podem ser facilmente negociados na Bolsa de Valores.

3. FIAGRO

O Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (FIAGRO) é um ativo financeiro que permite aos investidores aplicar em atividades e ações do agronegócio, sem a necessidade de comprar terras diretamente. O FIAGRO foi criado pela Lei nº 14.130, de março de 2021, e tem como objetivo captar recursos para investir em imóveis rurais e atividades da produção do setor agroindustrial. Além disso, o investimento pode ser feito em títulos de crédito ou em valores mobiliários, emitido por pessoas físicas ou jurídicas que integrem a cadeia produtiva agroindustrial. As vantagens do FIAGRO incluem a possibilidade de diversificar o portfólio, a segurança regulatória, a facilidade de acesso ao mercado e a possibilidade de investir em diferentes atividades da cadeia produtiva do agronegócio.

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