Voltar a trabalhar presencialmente tem sido um grande motivo de dúvidas para os trabalhadores que passaram tanto tempo em home office.
A atração e retenção de talentos é uma estratégia importante para os times de RH e diversas ações foram repassadas para o mundo online nos últimos tempos. Porém, com o avanço da vacinação no país, diversos locais já começam a voltar para uma jornada presencial – mesmo que de forma parcial ou híbrida.
Depois de tanto tempo trabalhando em home office, muitos colaboradores se sentem inseguros em voltar a trabalhar presencialmente, pegar transporte, encontrar mais pessoas e iniciar a retomada da vida corporativa.
Será que é mesmo seguro voltar ao trabalho nesse momento? Quais são os direitos do trabalhador e como ele pode agir nessa situação? Quais cuidados tomar nesse momento? Saiba mais sobre isso!
O que este artigo aborda:
- É 100% seguro voltar ao trabalho presencial?
- O que acontece se um funcionário contrai Covid-19 após a volta ao trabalho?
- É possível continuar em home office após o início do retorno gradual?
- Pode haver recusa à volta ao trabalho presencial?
- Como deverá ser o monitoramento das questões de saúde?
É 100% seguro voltar ao trabalho presencial?
Não se pode afirmar que é 100% seguro ou inseguro voltar ao trabalho presencial. Como sabemos desde o início da pandemia, o melhor controle para o vírus é o distanciamento social, portanto, ao se colocar em contato com outras pessoas, certamente há riscos.
O problema é que esses riscos podem acontecer em qualquer lugar, desde uma ida ao mercado, ao parque, à farmácia e claro, ao trabalho. Alguns postos de trabalho são de fato menos seguros que outros, como aqueles que lidam diretamente com pessoas, por exemplo.
Mas se sua empresa está estruturada para receber pessoas, toma medidas reais de prevenção, disponibiliza testes e monitora colaboradores, é possível sim pensar nessa volta de forma controlada.
O que acontece se um funcionário contrai Covid-19 após a volta ao trabalho?
A Covid-19 só é considerada como doença profissional se houver provas e fundamentação entre a doença e o trabalho desempenhado pelo empregado.
Além disso, nos trabalhos que estão diretamente ligados com o cuidado primário (enfermeiros, médicos, técnico de enfermagem, e os demais trabalhadores da saúde), esse acontecimento é mais evidente, já que o local de trabalho é inevitável a presença do coronavírus (exceto se trabalharem em hospitais que não tenham casos da doença).
Para as demais profissões que não se relacionam diretamente com a doença, esse tipo de acontecimento é menos presente e deve ser inteiramente provado para se reconhecer a Covid-19 como uma doença profissional.
Portanto, não necessariamente o Covid-19 será considerado doença profissional, afinal, não há como saber com exatidão onde e de quem ele de fato foi contraído.
Em casos de sintomas ou confirmação, é preciso que o colaborador avise seu setor e todas as pessoas com quem teve contato, seja monitorado e volte ao isolamento social para seu tratamento.
É possível continuar em home office após o início do retorno gradual?
Isso tem que ser acertado com o empregador. A melhor escolha hoje é a continuação do trabalho em home office, sempre que for possível, para aqueles que são considerados do grupo de risco é de extrema importância a continuação. Ou para aqueles que não estão vacinados corretamente para voltar a trabalhar de forma presencial.
Mas para que isso aconteça é preciso que haja um acordo entre empregado e empregador sobre tais condições e modalidades.
Pode haver recusa à volta ao trabalho presencial?
Em princípio não pode haver recusa para o retorno aos trabalhos, a não ser que o empregado tenha alguma justificativa médica plausível.
Deve prevalecer o bom senso, mas se o empregado se recusar a trabalhar sem justificativa, isso pode ser considerado como abandono de emprego e resultar na demissão por justa causa.
Como deverá ser o monitoramento das questões de saúde?
É obrigação de toda empresa acompanhar rigorosamente as recomendações dos órgãos competentes para implementação das medidas necessárias, evitando colocar em risco a saúde de seus empregados e familiares que voltar a trabalhar presencialmente.
É recomendado criar um processo e determinar os setores responsáveis para lidar com os casos suspeitos e confirmados, incluindo o monitoramento das pessoas que tiveram contato com contaminados ou suspeitos nos últimos 14 dias.
Deve-se tomar atitudes principalmente em locais compartilhados, como copas e cozinhas, para reduzir o número de pessoas comendo e bebendo no mesmo local. Além disso, é importante aumentar espaços nos escritórios, olhar para a ventilação, investir em técnicas de limpeza e em educação para todos os colaboradores.
Se a empresa decidir voltar ao trabalho de forma presencial, é obrigação dela e dos trabalhadores manter o cuidado, afinal, a pandemia ainda não acabou e que tudo está como antes.
Portanto, não esqueça dos cuidados e se policie ainda mais, afinal, você compartilhará o ambiente com mais pessoas.
Use máscara, mantenha distanciamento, higienize as mãos, tenha álcool em gel como aliado e fique atento a todos os sinais. Se tiver qualquer sintoma, avise seus superiores e deixe de ir ao ambiente compartilhado.
Em muitos casos, voltar a dividir locais com muitas pessoas pode ser um desafio para aqueles que passaram tanto tempo em home office, portanto, mais do que manter todos os cuidados necessários, cuide da sua saúde física e mental.
Sua empresa está pensando em retomar o trabalho no escritório? Em que modalidade você está trabalhando atualmente? No home office ou presencialmente, cuide-se sempre!
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