Ideias e Finanças

Após anos fora de foco, o empoderamento feminino tem sido um assunto que está em alta nos tópicos de discussão. Afinal, a igualdade de gênero é almejada em todos os âmbitos de convivência, seja para discutir as dificuldades com o sexo oposto, a legislação pública e até mesmo os caminhos de consumo – muitas vezes, enviesados por uma visão masculina do mercado.

É justamente por meio dessa lacuna do mercado em reconhecer o que de fato é bom para elas, o que funciona para o gênero feminino e o que agrega uma visão mais fidedigna das necessidades da mulher que as femtechs têm feito sucesso.

Como fator principal, elas estão crescendo no mercado e trazem uma boa expectativa de recorrência e permanência de negócios, porque são feitas “de mulher para mulher”, em uma compreensão bastante única e útil para tornar o mercado mais equilibrado entre os gêneros. 

O que este artigo aborda:

O que são as femtechs? Conheça a história
O que são as femtechs? Conheça a história
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O que são femtechs?

O nome femtech é uma junção de dois termos: “Fem” significa feminino e “Tech”, tecnologia, ou seja, tecnologia feminina. As femtechs são, antes de tudo, startups que tem como objetivo trazer uma tecnologia capaz de revolucionar o mercado a partir de uma dor de um público específico – nesse caso, o público feminino. 

Em linhas gerais, a ideia é resolver problemas e tornar o dia a dia das mulheres mais fácil, dinâmico, integrado e igualitário. Seja por meio de um produto mais adequado à pele das mulheres, uma solução que seja mais viável a elas no dia a dia, entre tantas outras possibilidades.

A gama de produtos e serviços é gigantesca, desde soluções para plataformas virtuais a produtos e aplicativos. O diferencial é que o foco desse tipo de empresa é totalmente voltado para o público feminino, e, para ser de fato validado, precisa ter em sua formação mulheres que constroem essa solução.

Quando surgiu esse tipo de empresa?

O surgimento dessas empresas acontece quando o mercado passa a perceber que o público feminino tem necessidades diferentes que, até o momento, não eram nem abordadas pela indústria. Logo que é percebido esse nicho, passam-se a criar diversas marcas, produtos e serviços destinados ao universo feminino, porém ainda comandado por homens. Só nos últimos anos que surgem empresas comandadas por mulheres, com a visão feminina sobre os problemas e as dificuldades e com soluções para esses problemas.

Qualquer empresa que faz produtos femininos é uma femtech?

O conceito é um pouco mais delicado que isso. Para uma empresa ser uma femtech, ela não precisa apenas produzir produtos ou serviços para o público feminino; é preciso trazer uma inovação para o mercado que seja pensada e produzida pela ótica feminista: uma visão que realmente se preocupe com o bem-estar da mulher, livre de julgamentos e propósitos pensados pelo gênero oposto.

Outro ponto que deve ser abordado para uma empresa ser uma femtech é que essa empresa deve oferecer soluções para aumentar o controle das mulheres sobre suas vidas, suas finanças e sobre sua saúde. É também por isso que femtechs por vezes também se enquadram em outras modalidades – podem ser femtechs e fintechs, banktechs, edtechs, e por aí vai.

Exemplos de femtechs famosas

Hoje, há no mercado uma série de femtechs famosas e que a cada dia ganham mais aportes – visando crescimento – e mais notoriedade entre o público feminino. São alguns exemplos de fintechs:

  • Lojas de prazer feminino, que desenvolvem produtos especializados para a região íntima, com o intuito de criar um mercado nichado, específico para o aparelho reprodutor feminino e saudável em suas necessidades;
  • Fintechs que desenvolvam as finanças específicas por parte das mulheres e administram seus ativos monetários, por meio de uma perspectiva com foco no público feminino;
  • Edtechs que tenham como objetivo formar mulheres em quaisquer áreas de conhecimento para fomentar o aumento delas no mercado de trabalho, ou que forneçam conteúdo exclusivo de educação financeira diferenciada;
  • Clínicas de medicina com novas soluções de saúde especializadas para o público feminino e seus cuidados únicos;
  • Laboratórios inovadores que têm como objetivo estudar e “quebrar o tabu” do cuidado da saúde da mulher, que, ao longo dos anos, foi negligenciada pelas grandes instituições de ensino;
  • Centros especializados em maternidade humanizada, com foco na mulher e em suas necessidades individuais, que vão além do bebê.

Aportes financeiros e empreendedorismo

O passo mais delicado na hora de construir uma femtech do zero costuma ser o investimento. Isso porque, para começar o projeto, muitas femtechs recorrem a créditos e empréstimos bancários para o investimento inicial e precisam lidar com a taxa de juros – controlada pelo COPOM, o Comitê de Política Monetária, que é um dos órgãos governamentais que não só estabelece as diretrizes da política monetária e define a taxa básica de juros, como também tem como responsabilidade a regulamentação da liquidez da economia.

Sendo assim, o primordial na hora de abrir uma femtech é ter um olhar atento às finanças, para que o negócio seja financeiramente viável e tenha um tempo longo de vida, com caminhos prósperos para se manter ativo dentro do mercado.

Vale lembrar que uma femtech é, em primeiro lugar, um empreendimento e, portanto, lida com todas as dificuldades financeiras e administrativas dessa categoria.

Por fim, se você quer saber mais sobre as femtechs, veja o vídeo do canal Gestar Oficial.

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