Planejamento financeiro é como fazer dieta: não importa qual seja a receita, é preciso ter um objetivo estipulado. E mais importante do que a “ferramenta” a ser utilizada é a sua capacidade de tornar esse ato em um hábito cotidiano.
Nessas horas, o erro mais comum entre aqueles que acreditam ter uma boa gestão financeira é correlacionar gestão com ferramentas de controle. Ter uma planilha eletrônica, um software ou um aplicativo no celular não significa que sua vida financeira está sob controle. Pelo contrário, este é apenas um possível inicio. Finanças pessoais vão muito além do controle do dinheiro, e é isso que precisa ficar claro. Por isso hoje vamos listar 4 pontos que devem ser observados se você realmente quer ter sucesso nesta jornada.
1 – O primeiro ponto é a definição de objetivos para começar a gerenciar seu dinheiro. Não há lógica você começar a fazer uma dieta apenas porque você quer fazer uma dieta. Ninguém gosta de deixar de comer de tudo, ou no nosso caso, deixar de consumir apenas por esporte. É preciso definir o que você irá fazer com o dinheiro que está economizando. Do contrário este processo de controle e planejamento não irá durar mais que 2 meses.
Por isso deixe bem claro o que você quer fazer. Reduzir dívidas penas para dizer que não deve pra ninguém não é um bom argumento. Busque inspiração naquilo que você realmente gosta de fazer, não importa qual seja seu objetivo (viajar, comprar um carro, reformar a casa, iniciar um curso de especialização ou fazer uma tatuagem) o importante é que ele seja algo que você realmente deseja.
2 – O segundo ponto é começar a organizar e controlar as informações financeiras. Não há como iniciar um planejamento sem saber onde você se encontra. Por isso, anote todas as suas despesas mensais já programadas – despesas fixas. Note que quando falo despesas fixas, me refiro aos gastos já contratados, indiferente se o valor a ser pago possa variar ou não. Despesas como água e luz (em que o valor varia de mês a mês) faça o lançamento de um valor médio, assim você já terá o valor prévio do gasto.
Se existem outros gastos que você considera fixos e importantes, tais como um cafezinho na padaria, um cinema ou até mesmo a balada, determine os valores médios a serem gastos e lance eles. Dessa forma você elimina possíveis gastos fantasmas do orçamento.
3 – Agora que temos os gastos anotados e organizados de maneira a formar um fluxo de caixa, é possível observá-lo e compreender melhor como está nossa vida financeira. É com base nesta informação que saberemos se o foco principal para atingirmos nosso objetivo está em eliminar dívidas ou escolher melhores produtos de investimento. Para tanto, precisamos encontrar nosso índice de endividamento, que nada mais é do que o valor dos rendimentos já comprometidos com despesas. Esse indicador é em percentual e pode ser interpretado da seguinte maneira:
Se o seu índice é maior que 50% seu foco deverá estar na redução das dívidas, do contrário as opções de investimento e possível conquista dos objetivos pode ficar comprometida. Se o índice for menor que 50% seu foco pode estar na manutenção das dívidas e escolha de melhores opções de investimento.
4 – Por fim, o passo mais importante para que seus objetivos sejam conquistados e que você tenha sucesso na gestão do seu dinheiro é simplesmente tornar tudo isso em um hábito do seu cotidiano. Para isso estipule dias da semana para fazer o controle financeiro e um dia do mês para fazer o planejamento futuro e análise dos movimentos passados.
Somente desta maneira será possível avaliar seus erros e acertos, alinhar o planejamento e usufruir do sucesso em conquistar seus sonhos.
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