Gerenciamento dos recursos financeiros e do dinheiro, é o que define o termo que melhor finanças. Existem finanças do ponto de vista empresarial e também da pessoa física.
O que este artigo aborda:
Finanças pessoais
Lembro-me bem de receber o meu primeiro salário como trabalhador, logo perto de completar 15 anos de idade, apesar de ser muito jovem acabei sendo muito incentivado, leia-se botado para fora de casa, com a proposta de arrumar uma ocupação remunerada.
Recordo bem desse dia, onde meu patrão me escolheu como mascote da equipe de vendas de uma pequena transportadora de veículos, instalada em uma região periférica da cidade de Osasco, região comercial e anexa à grande cidade de São Paulo. Na época era permitido o trabalho de menores de idade no comércio, nos serviços e até na indústria, hoje em dia, a situação é bem diferente, diferentes propostas governamentais proíbem expressamente a oferta de trabalho destinada a menores.
Apesar de que existem programas do tipo meio período, para jovens estudantes, patrocinados pelo governo, mas a característica deste tipo de programa de primeiro emprego é assistido por profissionais de atuação no campo social, então é como se fosse uma extensão da escola dentro da iniciativa privada.
Lógico que ter a primeira experiência profissional é um assunto marcante, talvez este seja o motivo de que passados 40 anos depois, eu ainda relate esta experiência ao querido leitor até hoje. Passados os primeiros meses no emprego, comecei a lidar mais de perto sobre as grandes questões da vida, e a gerir as minhas finanças pessoais.
Logo, um dos meus primeiros desafios, foi entender bem o sistema bancário nacional, que na época não tinha absolutamente nada de digital, era tudo presencial, pegando filas enormes em agências quentes e superlotadas. Abrir a minha conta bancária, para receber o salário em conta foi um desafio de paciência, e mais, não recebi nenhuma instrução de como proceder, quem me ajudou foi o caixa do banco, depois de eu aguardar mais de 2 horas na fila.
Conta aberta, tudo certo, e pronto, o meu salário agora era depositado na minha conta do banco, então a partir daquele momento eu fui bancarizado, que é isso de contar com os serviços financeiros nacionais. Item que até hoje é citado, para definir a evolução econômica de um determinado país ou região. Segundo consta, quem tem uma conta em banco seria o pilar fundamental para inserção na economia.
Finanças públicas
Passado algum tempo, e depois de mais algumas experiências profissionais diversas acabei tendo uma oportunidade em uma empresa maior, em uma empresa de mudança, até então eu pensava que a minha conta bancária seria assunto particular, e qual foi a minha surpresa ao ver debitado, o imposto de renda nela, pela primeira vez.
Ao comentar o assunto com outros colegas do trabalho, percebi o quanto eu estava equivocado sobre o meu poder sobre a minha própria renda, eu teria que considerar, a partir daquele momento, que sobre o meu trabalho incidiria impostos, recorrentes.
Pela mais pura necessidade então, ainda jovem e inexperiente, acabei coletando as poucas informações disponíveis para averiguar os fatos e começar a estudar mais sobre como as finanças públicas afetam a minha renda.
Finança pública é do ponto de vista da renda de qualquer trabalhador, mais relevante do que o próprio salário, pois se o governo gasta muito, o poder de compra do seu salário é muito afetado, e para quem, como eu, dependia da renda do trabalho para sobreviver, foi muito necessário entender os processos que envolviam os preços do produtos no supermercado e a relação de tudo isto na minha vida.
Quando o governo gasta muito, meu poder de compra é reduzido. Ficando a dica para o leitor, de que acompanhar as finanças públicas é um assunto crítico para qualquer cidadão, acompanhar e cobrar as ações políticas, combatendo más decisões, são o assunto do dia para todos os trabalhadores. Não devemos deixar para algum representante eleito tomar conta das finanças públicas.
Planejamento financeiro
Logo cedo, percebi a extrema necessidade de fazer um planejamento financeiro para dar conta de pagar impostos, obter renda em um nível adequado e o principal de tudo, entender como as finanças pessoais são frágeis em relação às finanças públicas.
Não recebi esta orientação na escola, então planejamento financeiro é uma matéria mais ofertada na rede de ensino particular, mas eu pessoalmente acredito que o assunto deveria ser tratado logo após o encerramento do processo de alfabetização, pela criticidade do assunto para usufruto de uma vida plena.
O planejamento é uma ação que avança para além do básico, gastar menos do que se recebe, é um assunto que também passa por outro aprendizado que infelizmente também não é alvo prioritário do sistema de ensino nacional, que seria em como comprar bem. Como desviar-se de pequenos engodos diariamente repetidos pela mídia.
Dizem que vender é uma arte, mas eu sou mais taxativo no sentido de que o ato de comprar é o mais importante saber, é uma verdadeira corrida olímpica de obstáculos. É nesse momento da compra onde muitos ficam perdendo no quesito planejamento financeiro, e acabam tendo vidas complicadas e que sempre estão na berlinda econômica, mirando a pobreza.
Para um povo que almeja combater a pobreza, o mais importante é o investimento na educação, planejar-se financeiramente, comprar o que precisa na hora necessária, vender com lucro e atuar na economia de maneira positiva acompanhando as finanças públicas, seriam os atos ideais de um povo que pretende ser próspero.
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