Ideias e Finanças

Finanças Comportamentais é o campo do conhecimento que estuda a relação entre razão, emoção e as escolhas relacionadas. Esta área da psicologia é importante para compreendermos como as pessoas tomam decisões financeiras. 

As finanças comportamentais estudam o comportamento financeiro das pessoas e os fatores que influenciam as suas escolhas. Esta área da psicologia é importante para compreendermos como as pessoas tomam decisões financeiras.

O que este artigo aborda:

Finanças Comportamentais: o que são e como funcionam
Finanças Comportamentais: o que são e como funcionam
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Os principais temas das finanças comportamentais são:

  • O papel das emoções nas decisões financeiras;
  • Como as pessoas percebem e processam as informações financeiras;
  • As tendências irracionais nas escolhas financeiras;
  • O impacto das escolhas financeiras no bem-estar psicológico;

As finanças comportamentais têm como objetivo principal compreender como as pessoas tomam decisões financeiras. Estudamos os fatores internos e externos que influenciam as escolhas financeiras das pessoas. 

As emoções desempenham um papel importante nas decisões financeiras. Muitas vezes, as pessoas tomam decisões irracionais, baseadas nas suas emoções. Por exemplo, é comum as pessoas terem medo de investir em ações, pois elas podem perder dinheiro. No entanto, a história mostra que, a longo prazo, as ações são um investimento rentável. 

As pessoas também podem ter tendências irracionais nas suas escolhas financeiras. Uma das mais conhecidas é a tendência de seguir o rebanho, ou seja, fazer o que todos estão fazendo. Por exemplo, muitas pessoas investem em ações quando o mercado está em alta, esperando obter um retorno rápido. No entanto, esta é uma estratégia arriscada, pois o mercado pode cair repentinamente.

O impacto das escolhas financeiras no bem-estar psicológico é outro tema importante nas finanças comportamentais. Por exemplo, é comum as pessoas se sentirem ansiosas e estressadas com as suas finanças. Isto pode levar a comportamentos financeiros irracionais, como ocultar dinheiro ou fazer compras impulsivas.

Como surgiram as finanças comportamentais?

O surgimento dos estudos em finanças comportamentais remonta a várias décadas atrás. No entanto, foi apenas na década de 1970 que esses estudos ganharam força e se tornaram um campo de pesquisa formal. A primeira publicação notável neste campo foi o livro “A Teoria do Investor Sobrevivente”, de Thomas Bassett e Lawrence Gordon. Esse livro introduziu o conceito de que as pessoas tendem a se apegar a ações perdedoras e vender as vencedoras, o que leva a uma série de distorções no mercado de ações.

Desde então, os estudos em finanças comportamentais se expandiram para abranger uma variedade de tópicos, desde o papel das emoções na tomada de decisões financeiras até a forma como as pessoas processam informações. Um dos principais contribuintes para este campo de pesquisa é o psicólogo Daniel Kahneman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia. Suas contribuições foram essenciais para o entendimento de como as pessoas tomam decisões financeiras e quais os fatores que podem influenciar essas decisões.

Os estudos em finanças comportamentais têm crescido em importância e reconhecimento nos últimos anos. Isso é evidente pelo recente surgimento de programas de pós-graduação dedicados a este campo de estudo, bem como pelo aumento do número de artigos publicados em revistas acadêmicas de finanças. Além disso, os estudos em finanças comportamentais estão começando a ser aplicados em campos como a educação financeira e a gestão de investimentos.

Os estudos em finanças comportamentais englobam mais de um século de trabalho científico e múltiplos profissionais. A pesquisa neste campo de estudo tem crescido significativamente nos últimos anos e tem sido aplicada a áreas como a educação financeira e a gestão de investimentos. Ao compreender os fatores que influenciam as decisões financeiras das pessoas, os estudos em finanças comportamentais podem ajudar a melhorar a eficiência do mercado financeiro e aumentar a prosperidade econômica.

Como funcionam as decisões financeiras?

As pessoas geralmente tomam decisões financeiras usando um método chamado análise de custo-benefício. Isso significa que comparam o custo de uma opção com o benefício que eles esperam obter. As pessoas geralmente consideram mais do que apenas o preço de um produto quando fazem uma compra. Por exemplo, quando uma pessoa compra um carro, ela pode considerar o valor do carro, o tipo de carro, a qualidade do carro e até mesmo a marca do carro.

Existem dois tipos de custos que as pessoas consideram quando tomam uma decisão financeira: os custos fixos e os custos variáveis. Os custos fixos são custos que não podem ser evitados, como o aluguel ou a conta de luz. Já os custos variáveis podem ser evitados ou pelo menos reduzidos, como as compras em supermercados ou o pagamento de juros de um cartão de crédito.

As pessoas tendem a se concentrar mais nos custos variáveis do que nos custos fixos, pois é mais fácil controlar os custos variáveis. No entanto, é importante lembrar que os custos fixos também podem ter um impacto significativo nas finanças pessoais. Por exemplo, um aumento no aluguel pode levar à falta de dinheiro para pagar outras contas ou até mesmo à inadimplência.

Os custos não são os únicos fatores que as pessoas consideram quando tomam decisões financeiras. As pessoas também levam em conta os benefícios esperados de uma determinada opção. Por exemplo, quando uma pessoa compra um seguro de carro, ela está considerando o benefício de proteger o seu carro contra danos.

Além dos custos e dos benefícios, as pessoas também levam em conta outros fatores, como o risco. Por exemplo, um investimento em ações pode ter um retorno mais alto do que um investimento em títulos, mas também é mais arriscado. As pessoas também consideram a questão do tempo quando tomam decisões financeiras. Por exemplo, uma pessoa que está planejando a aposentadoria pode optar por investir em títulos, pois são menos arriscados do que ações e podem render bons retornos a longo prazo.

As finanças comportamentais são um campo relativamente novo de estudo que se concentra nas decisões financeiras das pessoas. Os estudiosos das finanças comportamentais acreditam que as pessoas tomam decisões financeiras baseadas em fatores emocionais, como medo, ansiedade e ganância, e não apenas na razão.

A teoria das finanças comportamentais é baseada em três pilares: os biases, os heurísticos e os framing. Os biases são preconceitos inconscientes que podem levar as pessoas a tomar decisões erradas. Os heurísticos são atalhos mentais que as pessoas usam para tomar decisões rápidas. Já o framing é o modo como as pessoas interpretam e compreendem as informações.

Os estudiosos das finanças comportamentais acreditam que os biases, os heurísticos e o framing podem levar as pessoas a tomar decisões financeiras erradas. No entanto, a teoria das finanças comportamentais também pode ser usada para ajudar as pessoas a tomar decisões financeiras mais acertadas. Por exemplo, o conhecimento dos biases pode ajudar as pessoas a serem mais conscientes de seus próprios preconceitos e a evitar decisões erradas. Já o uso de heurísticos pode ajudar as pessoas a tomar decisões mais rápidas e precisas. E o framing pode ajudar as pessoas a interpretar corretamente as informações financeiras.

Conclusão

Finanças Comportamentais é o campo do conhecimento que estuda a relação entre razão, emoção e as escolhas relacionadas. Esta área da psicologia é importante para compreendermos como as pessoas tomam decisões financeiras.

Por fim, se você quer saber mais sobre as finanças comportamentais, veja o vídeo do canal Nova Futura Investimentos.

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