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Está aberto mais um período de declaração do Imposto de Renda (IR). É hora de prestar contas à Receita Federal. Os contribuintes têm até 31 de maio deste ano para entregar a declaração e muitos possuem a mesma dúvida de sempre: fazer a declaração completa ou simplificada?

Aqui, vamos explicar as principais diferenças entre as declarações completa e simples para te ajudar a escolher a melhor opção para você. Para especialistas, é preciso avaliar caso a caso, de acordo com as despesas e receitas de cada um.

Também é preciso considerar investimentos como PGBL ou VGBL, CDBs, poupança e gastos dedutíveis como escola, faculdade, plano de saúde, entre outros. Se você é mais um que possui dúvidas sobre o modelo de declaração de IR ideal para o seu caso, leia este artigo até o final.

O que este artigo aborda:

Imposto de Renda: quais as diferenças entre as declarações simples e completa?
Imposto de Renda: quais as diferenças entre as declarações simples e completa?
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Principais características dos modelos de declaração de IR

Antes de tudo, você precisa entender quais são as características de cada tipo de declaração, confira abaixo:

Declaração Simples

A declaração simples é mais indicada para pessoas que não possuem dependentes e nem muitos gastos dedutíveis. Essa acaba sendo uma opção mais prática. A Receita Federal considera um abatimento único de 20% ou até R$ 16.754,34 no cálculo do imposto.

Dessa maneira, se em 2020 você teve uma renda de R$ 10 mil, serão deduzidos R$ 2 mil no modelo simplificado.

Para quem não possui despesas dedutíveis que ultrapasse este limite, provavelmente a declaração simplificada é a melhor alternativa. Então, o primeiro passo é calcular os gastos dedutíveis que você possui para ver se o valor é superior ao 20% ou ao limite de abatimento no modelo simplificado.

A declaração não é indicada para pessoas que queiram compensar imposto pago no exterior ou que queiram aproveitar de incentivos fiscais de dedução de impostos, como por exemplo, que possui um plano PGBL de previdência privada.

Vale ressaltar que, mesmo com o abatimento de 20% sendo fixo no modelo simples, o contribuinte deve colocar todos os gastos na declaração para não cair na malha da Receita Federal.

Declaração Completa

A declaração completa do IR calcula todos os gastos dedutíveis previstos na lei brasileira. Assim, a soma de todas essas despesas faz com que a base de cálculo diminua, o que consequentemente faz o valor do imposto diminuir.

Por isso, a declaração completa é indicada para pessoas que possuem dependentes e têm muitos gastos dedutíveis como plano de saúde, escola, plano de previdência privada, entre outros. Estes gastos serão deduzidos e isso torna este modelo mais vantajoso para o contribuinte com mais gastos.

Para quem possui investimentos em um plano de previdência privada do tipo PGBL pode deduzir até 12% da sua renda bruta anual tributável. Dessa forma, se você aplicou R$ 100 mil no seu plano PGBL, você pode deduzir até R$ 12 mil, deixando para pagar os impostos somente no futuro, quando resgatar o valor acumulado.

Despesas médicas também são dedutíveis e não há um limite para as deduções. Basta que o titular da declaração apresente despesas com plano de saúde em seu nome ou em nome de um de seus dependentes para deduzir os impostos.

Dessa maneira, o desconto de imposto pode ser maior ou menor do que 20%, o que também pode aumentar o valor de restituição.

Outro ponto importante para quem faz a declaração completa é guardar os comprovantes de despesas por, pelo menos, cinco anos, já que a Receita Federal pode pedir para o contribuinte prestar esclarecimentos sobre essas despesas durante esse período.

Como escolher o melhor tipo de declaração de IR?

De acordo com especialistas, a declaração completa é a mais indicada para quem possui muitas despesas dedutíveis. Se estas despesas ultrapassam o limite estipulado no modelo simplificado, a declaração completa é a mais vantajosa para diminuir os impostos e aumentar a restituição.

Se os seus gastos dedutíveis são poucos, a declaração simplificada é a melhor escolha. Para chegar com tudo pronto na hora da declaração, a dica é entrar em contato com o seu contador e contar com o auxílio dele para organizar todos os seus gastos dedutíveis e comprovantes necessários antes de fazer a declaração.

Dessa forma, você consegue organizar todos os gastos e receitas do ano anterior e corre menos riscos de cair na “malha fina” da Receita Federal. Um contador de confiança é fundamental nesse momento para evitar erros e não ter dor de cabeça.

Se você for fazer a declaração de IR sozinho, busque informações para organizar todos os documentos importantes e insira as informações no sistema da Receita Federal. O próprio programa do órgão irá indicar o modelo de declaração mais adequado, conforme as informações contidas na sua declaração.

O programa da Receita Federal é bem intuitivo e caso a pessoa faça a declaração completa, sendo que a mais adequada para o seu caso for a simples, o próprio software migra as informações para o modelo de declaração mais adequado.

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